DÁ LICENÇA, POESIA?
Dá licença, poesia?
Preciso me encontrar...
Nos versos de pés quebrados,
Nas rimas ricas ou pobres,
Nas métricas que limitam,
Na concretude dos dias,
No livre versar dos sonhos!
Dá licença, poesia?
Pois é preciso sonhar!
Com caminhos que percorram
A razão dos teoremas,
A ilusão das miragens,
O fanatismo das crenças,
O “deixa estar” inconsequente
Do viver sem nem pensar!
Dá licença, poesia,
De mostrar o meu viver?
De me permitir sentir
E falar o que aprouver?
De ser eu, sendo eu, outras,
E mostrar que assim posso
Ser mais eu, por isto mesmo?
Dá licença, poesia!
Dá?
Então, licença poesia,
Pois caudalosa que sou,
Agora vou me derramar!
Arabela Morais
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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