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domingo, 27 de setembro de 2009

BASILINA. O ARCO-ÍRIS



O ARCO-ÍRIS

Já não há estrelas em meus olhos.
O céu cansou-se de esperar pelo nosso encontro
e então dormiu.
Foram longas noites de vigília,
com o coração alagado de esperança,
desejoso de colher a música do silêncio
e o seu afeto afinado na alegria do amanhecer.
Mas os amores que amealhei foram frágeis.
Não resistiram ao clamor do tempo
nem ousaram se despir depois do baile
pra cantar com as madrugadas.
Só minha alma plantou sonhos na varanda,
regou com lágrimas as partidas e os desencontros
e tentou ser, por um instante,
o seu arco-íris depois da chuva.

Basilina Pereira

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