Seguidores

domingo, 2 de janeiro de 2011


Casulo de dúvidas...

Enclausurado, no meu casulo de ilusão...
No meio do calabouço da solidão,
refém das decepções em rejeições...
Quantas vezes, me senti num leilão...
Quem dá mais ou menos, nesse julgamento...
Quantas vezes, fui condenado sem estar presente...
Ausente das ausências, do bom senso em se doar...

Quantas vezes, fui violado e isolado, sem piedade...
Oh! triste sina, em ser alvo ou mira, do bem ou do mal...
Talvez eu seja apenas um nau,
a mercê das ondas dos olhos alheios...
Sinto nesta minha retidão,
o afago das asas do meu espírito,
me convidando a voar em volta do luar...

Voar ou saltar da janela, pular no abismo que restou,
até atingir o meu sonho bom...
Voar nas curvas dos pensamentos do meu bem...
Tomar banho de luz, no brilho do seu olhar...
Sentir o som das batidas de amor,
tatear o seu calor com furor...
Tocar em alguém, que seja realmente puro de coração...

Ernane Rezende rabiscador de poesias
Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2011
Código do texto: T2705073

Um comentário: