UMA HOMENAGEM A POETISA MARIA FLOR
Geografia de Mim...
Geografia de Mim...
Um grito na noite deserta, estridente.
Sorriso coagulado, sofrimento.
De repente era marcada minha presença em mim.
Nasci, e a minha vida,
um quase nada,
um rascunho de criança,
tímida e triste...
Chorar, não sei se chorei,
mas é provável que sim.
Chorar sempre foi uma
constante em mim...
A vida indiferente,
jamais teve dó de mim.
Aprendi desde menina:
- Vida noves fora - Vida,
na vida que sempre vivi,
restou eu aqui,
tristeza de mim pra mim.
Já mulher, frente a frente
eu e a vida, travamos
luta renhida.
Pelejamos em campo aberto,
nos batemos, virei fera.
E assim, de encarar a vida,
tornei-me fera incontida.
Coração descompassado,
novidade, raro achado.
Nada me faz perplexa.
O choro foi se esvaindo,
o medo foi se estancando,
e a vida um livro aberto,
aos poucos fui soletrando.
Se bem que às vezes sinto
uma saudade na alma,
uma vontade incontida
de deixar cair as lágrimas.
Mas basta!
Um grito na noite deserta, estridente.
Sorriso coagulado, sofrimento.
De repente era marcada minha presença em mim.
Nasci, e a minha vida,
um quase nada,
um rascunho de criança,
tímida e triste...
Chorar, não sei se chorei,
mas é provável que sim.
Chorar sempre foi uma
constante em mim...
A vida indiferente,
jamais teve dó de mim.
Aprendi desde menina:
- Vida noves fora - Vida,
na vida que sempre vivi,
restou eu aqui,
tristeza de mim pra mim.
Já mulher, frente a frente
eu e a vida, travamos
luta renhida.
Pelejamos em campo aberto,
nos batemos, virei fera.
E assim, de encarar a vida,
tornei-me fera incontida.
Coração descompassado,
novidade, raro achado.
Nada me faz perplexa.
O choro foi se esvaindo,
o medo foi se estancando,
e a vida um livro aberto,
aos poucos fui soletrando.
Se bem que às vezes sinto
uma saudade na alma,
uma vontade incontida
de deixar cair as lágrimas.
Mas basta!
A saudade é madrasta.
Viver é preciso,
Amor necessito...
Maria Flor!
Ernane Amirgo Querido,
ResponderExcluirGrata pela homenagem!
Beijos da Flor!